<!-- Introdução às funções, parâmetros e variáveis globais http://saw.atp.usp.br/mod/page/view.php?id=13302 --- Trocar end. imagem para: <center><img alt="memoria e variaveis" src="http://saw.atp.usp.br/draftfile.php/31/user/draft/650565435/memoria1.jpg" title="ilustracao de 4 sequencias de 8 bits em memoria" height="71" width="342" /></center> <i></i> --- --> <!DOCTYPE html> <html itemscope itemtype="http://schema.org/QAPage"> <head> <meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8" /> <title>Introdução às funções, parâmetros e variáveis globais</title> </head> <body> <span style="color: #0055AA">Introdução às funções, parâmetros e variáveis globais</span> <p> Uma função em linguagens alto-nível com <i>C</i> e <i>Python</i> deve ser entendida como um bloco de comandos que podem ser invocados (chamados) em qualquer momento, resultando que o referido bloco será executado (ou interpretado) e após sua execução, o fluxo continua do ponto em que estava. Isso é esquematizado na figura abaixo. </p> <p> Em última análise, os dados presentes na memória do computador é uma sequência de <i>bits</i> e um <i>bit</i> corresponde a uma posição de memória que pode armazenar o valor 0 ou o valor 1. No início da computação moderna a menor quantidade de <i>bits</i> que podia acessar eram 8, que foi denominado por <i>byte</i>. </p> <center><img src="img/var_memoria1.jpg" title="ilustracao de 4 sequencias de 8 bits em memoria"/> </center> <p> Desse modo, toda informação armazenada no computador é uma sequência de <i>bytes</i> e tratamento de cada que se dá para cada sequência de <i>bytes</i> pode variar. Ou seja, de acordo com o <b>contexto</b> pode-se interpretar esta sequência como um número inteiro, como um valor real ou como um caractere. </p> <span style="color: #0055AA">Variáveis inteiras e reais</span> <p> E qual a relação disso com variável? Bem, por exemplo, é necessário contar e, para fazer usando o computador precisamos pegar uma sequência de <i>bytes</i> interpretá-lo como inteiro, somar 1 e registrar o valor alterado. Isso é feito utilizando a mesma posição de memória, que está assim <i>variando</i>, dai o nome <i>variável</i>. </p> <p> De um ponto de vista mais elevado (<i>alto-nivel</i>), utilizando uma linguagem de programação com <i>C</i> ou <i>Python</i>, uma variável é representada por um nome, sem caracteres especiais (exceto "barra baixa" '_' que é permitido) e que não seja o nome de um comando da linguaguem (denominado de modo geral por <i>palavra reservada</i>). </p> <p> Além disso uma variável deve ter um tipo associado, os tipos básicos que examinaremos nesta seção são o inteiro (<i>int</i>) e o flutuante (<i>float</i>), este último para representar os valores reais. A partir da explicação acima sobre interpretar os <i>bytes</i> como número ou caractere explica a necessidade de cada variável ter o seu tipo conhecido. </p> <p> Para explicar melhor a necessidade de tipos, suporemos que o computador considerado utilize para uma variável <i>int</i> e para uma do tipo <i>float</i>, respectivamente, 2 e 4 <i title="cada byte tem 8 bits">bytes</i>. </p> <p> Desse modo, quando o citado computador precisa devolver o valor armazenado em uma variável do tipo inteiro, ele acessará a posição de memória associada à variável, pegará a partir dessa posição os próximos 16 <i>bits</i> e o interpretará como um valor inteiro. </p> <p> Do ponto de vista prático, vejamos como se usa variáveis do tipo <i>int</i> e do tipo <i>float</i> nas linguagens <i>C</i> e <i>Python</i>. </p> <center><table> <tr><td></td><td bgcolor="8aaada"><i>C</i> <td bgcolor="8aaada"><i>Python</i></td></tr> <tr><td>1</td><td>int n1,n2; <td># desnecessário declarar em <i>Python</i></td></tr> <tr><td>2</td><td>n1 = 1; <td>n1 = 1</td></tr> <tr><td>3</td><td>scanf("%d", &n2); <td>n2 = int(input())</td></tr> <tr><td>4</td><td>printf("n1=%d e n2=%d\n", n1, n2); <td>print "n1=", n1, " e n2=", n2 # Python 2</td></tr> <tr><td>5</td><td> <td>print("n1=", n1, " e n2=", n2) # Python 3</td></tr> </table></center> <p> Note as diferenças entre <i>C</i> e <i>Python</i>. De modo geral, todo comando em <i>C</i> precisa de ';' como finalizador. Na linha 1 percebe-se que em <i>C</i> é obrigatório <b>declarar</b> as variáveis, enquanto que em <i>Python</i> não. <br/> Na linha 3 nota-se que <i>C</i> utiliza a função pré-definida de nome <i>scanf</i> para pegar valores digitados pelo usuário enquanto <i>Python</i> usa o <i>input</i>. O <i>scanf</i> usa o formatador especial '%d' para forçar o computador a interpretar os <i>bytes</i> como um inteiro, enquanto o <i>input</i> pega os <i>bytes</i> digitados e o submete à outra função pré-definida <i>Python</i>, o <i>int(...)</i>, que converte o valor para inteiro. <br/> Na linha 4 nota-se o mesmo tipo de diferença, <i>C</i> utiliza a função <i>printf</i> para imprimir também com o formatador para inteiro '%d', além de separar em 2 blocos, o primeiro para formatar a saída, que é cercado por aspas dupla e o segunda, uma lista de variáveis compatíveis com o formatador. Já em <i>Python</i>, usa-se os caracteres entre aspas e as variáveis misturados, separador por vírgula. <br/> Vale destacar que a linha 4 apresenta a sintaxe do <i>Python</i> antes da versão 3, enquanto que alinha 5 apresenta o mesmo resultado mas para o <i>Python</i> a partir da sua versão 3. </p> <span style="color: #0055AA">Expressões aritméticas</span> <p> Do mesmo modo que em matemática é essencial efetuamos operações aritméticas com valores numéricos, o mesmo ocorre com o computador, na verdade efetuar contas de modo rápido e sem erro foi a grande motivação para se construir os computadores. </p> <p> Neste, os agrupamentos de valores, variáveis e operadores aritméticos recebem o nome de <i>expressão aritmética</i>. Os operadores artiméticos, tanto em <i>C</i> quanto em <i>Python</i> são: </p> <center><table> <tr><td bgcolor="8aaada">Operação</td><td bgcolor="8aaada">Operador <td bgcolor="8aaada">Exemplo</td></tr> <tr><td>soma </td><td> + <td> 2 + 4 </td></tr> <tr><td>subtração </td><td> - <td> n1 + 1 </td></tr> <tr><td>multiplicação</td><td> * <td> 3 * n2 </td></tr> <tr><td>divisão </td><td> / <td> n1 / n2 </td></tr> </table></center> <p> Note que foi usado espaço em branco entre os operando e operadores, mas isso não é obrigatório. </p> <span style="color: #0055AA">O resultado de uma expressão aritmética depende do contexto</span> <p> É importante observar que dependendo do contexto o resultado de uma expressão é um ou outro, quer dizer, se os valores envolvidos forem todos eles inteiros, o resultado será inteiro, entretanto havendo um valor real, a resposta final será real. </p> <p> A importância disso fica clara ao examinar dois exemplos simples: <i>3 / 2 * 2</i> e <i>3.0 / 2 * 2</i>. A primeira expressão resulta o valor <i>2</i>, enquanto a segunda <i>3.0</i>. Isso mesmo. </p> <p> A razão é que no primeiro caso todos valores são inteiros, então o cômputo é realizado com aritmética de precisão inteira, ou seja, ao realizar o primeiro cômputo <i>3/2</i>, o resultado é <i>1</i> (e não <i>1.5</i> como no segundo caso), daí o segundo operador é feito com os valores <i>1 * 2</i> resultando o valor <i>2</i>. </p> Leônidas de Oliveira Brandão http://line.ime.usp.br </body>